Corro atrás de desculpas despreocupados que se tornam intangíveis perto de tudo o que você me fez passar dentro de duas horas.
Coloco-me disposta a ficar longe de você o suficiente com emoção pra ver se o físico traz você de volta. Não vejo nada racional vindo da sua cabeça.
É dessa maneira que procuro o gentil garoto que me conquistou anos atrás e vejo apenas uma atitude propensa de homens que pensam que suas mulheres são fontes de felicidade: mentirosas mas com muita fé.
Deixo o remorso em mim ser tão grande que sucumbe à nossa linha que liga duas vidas inteiras, para meu não-drama correr pelas suas veias e você se sentir tão sozinho quando eu me sinto violada.
É à disposição dessa conversa, do seu olhar, do seu medo de mim, das fotos salvas na sua memória que me pergunto por quanto tempo você escondeu um homem tão absurdo dentro de um garoto tão doce.
Era mesmo você ou a minha visão está embaçada?
Passo quase cada momento da minha vida sendo guiada por viagens e mudanças que só acontecem dentro da minha cabeça. Crio um mundo onde a mentira não serve pra mais nada além de machucar, e você participa sendo o dono de tudo.
Onde foram parar todo o amor que gritava dentro de você quando eu recebia flores, olhava pro lado e você estava sorrindo, abraçava você quando estava com medo, ou lembrava que nós éramos impossíveis aos olhos de todas as nossas grandes loucuras?
Hoje, meu maior ato de sanidade foi me colocar longe de você. Já que nunca mais sentirei que seu toque é verdadeiro e com mais amor do que eu jamais sentirei. Todos os garotos são iguais e eu já sabia disso.
em meio às telas com lentes embaçadas 