É quando arrasta minha calça com certa brutalidade pra fora do meu corpo, desabotoando aquilo que me prende na cintura, que eu resolvo falar o quanto eu sinto sua falta.
Quando você me tira todas as roupas e eu vejo minha boca falar todos os segredos obscuros que guardo desde que você foi embora.
Quando você atira meu corpo com força na sua cama cheio de perfumes que não são meus, choro por saber que logo logo isso vai acabar.
No momento em que eu grito, gemendo forte no seu ouvido quando todas as verdades dolorosas penetram na minha mente e me fazem lembrar que é só temporário.
Na hora em que todas as preliminares se tornam detalhes mínimos do meu desejo de suprir minha saudade de você por só um domingo.
As palavras hostis que você sussurra, me recordando todos os gritos que trocamos quando alguma coisa estava errada.
As músicas que molham meu corpo, tal qual as noites melancólicas em que o álcool me ajudava a contar umas belas verdades pra você.
Todas as postagens sobre o amor próprio que me fazem sentir de novo suas mãos apertando meu corpo no seu em forma de amor.
E todas as metáforas e eufemismos tão sutis sobre nossas relações, que se misturam com a lembrança de todos os meus desabafos com meus amigos de o quanto eu me sentia sozinha, ao redor de tanta coisa.
Foi muito bom ter acabado naquela hora,
Estávamos no clímax e queríamos mais.
Tão cansados um do outro que nem nossos corpos famintos de sono poderiam nos amenizar de todos os momentos que depois traria.
em meio às telas com lentes embaçadas 